A VENDA DOS ANEIS - O CASO EDP
Nos termos do acordo assinado com a "troika" estrangeira pela troika nacional ( PS, PSD e CDS ), o governo deverá alienar de uma forma acelerada a totalidade das acções que detem na EDP e na REN e portanto " tem a expectativa que as condições de mercado venham a permitir a venda destas duas empresas, bem como da TAP até ao final de 2011." ( sic versão do memorando de entendimento publicado pelo jornal I em 4/6/2011). Continuando a citação " O Governo idntificará na altura da segunda avaliação trimestral duas grandes empresas adicionais para serem privatizadas até ao final de 2012".
Sobre isto alguns comentários decorrentes do que tem vindo a ser divulgado na comunicação social.
Segundo o Expresso de 23/7/2011, o governo, na tentativa de realizar bom dinheiro com as privatizações, pretende alienar os 20% que o estado ( ou seja a globalidade dos portugueses ) detem na EDP num pacote único que garantirá direitos de gestão ao comprador. Todos sabemos que a EDP é uma empresa muito apetecível pelo seu avanço em energias renováveis e pelo seu internacinalismo - que traz dividendos dos investimentos feitos no estrangeiro para Portugal..
Por isso mesmo, e para dar oportunidades aos portugueses que ( ainda ) tem algum capital, em minha opinião, as acções a vender deveriam ser dispersas na bolsa, pois assim a probabilidade de o centro de decisão permanecer em Portugal seria maior. E grande parte dos dividendo de lucros futuros ficaria em Portugal. Aliás lembro-me do actual 1º M dizer que para isso não precisava de "golden share", bastaria que o caderno de encargos da venda das acções fosse devidamente eleborado. Pois é a altura de cumprir a promessa de forma a que uma empresa tão preciosa como a EDP continue a ser útil para Portugal - e não para paises estrangeiros. Mais vale ganhar menos agora e acautelar o futuro do interesse nacional.
Por outras palavras, como vão os portugueses garantir que as actividades duma empresa fundamental, controlada por estrangeiros, vai realizar os investimentos necessários para concretizar o plano energético nacional ? Estará interessada em continuar a desenvolver a energia hidroeléctrica ? E a eólica ? Etc
Aliás Nicolau Santos no acima referido número do Expresso põe o problema muito melhor do que eu. Chama-lhe "Tragédia à Vista na EDP".
Tenhamos esperança no bom senso e em que o interesse nacional seja devidamente acautelado
F. Fonseca Santos

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