NÃO DEIXAM OS REFORMADOS EM PAZ. APRe! QUE É DEMAIS
Este texto é relativo à medida de corte aos rendimentos dos APR (aposentados, pensionistas e reformados ) anunciada pelo 1º Ministro em 3 de Maio de 2013.
Mais uma vez o PM, ou o Ministro das Finanças ou os dois, escolheram os APR como alvo privilegiado das suas medidas de empobrecimento geral do país a que dão os nomes de “reforma do estado” ou “redução das despesas” ou qualquer outra expressão bem parecida.
Se as medidas ( taxa ou sobretaxa ) se aplicassem aos que não descontaram o necessário para terem direito às pensões que auferem ( e há muitos ), com excepção das pensões mínimas referentes aos casos sociais, seria compreensível. Mas aplicando-se a todos os que descontaram ( bem como as suas entidades patronais ) de acordo com a Lei, isso já não é aceitável – por ser discriminatório em relação aos restantes cidadãos.
Como explicar esta perseguição ?
Será que algum dos acima referidos governantes teve algum trauma de infância ( que nunca conseguiu ultrapassar )provocado por reformado ?
Será que se trata duma retaliação a uma maldade feita por algum, ou por um grupo de reformados ?
Será que se trata da aplicação dum antigo ditado popular, que dizia : “Em casa deste home’, quem não trabalha não come” ?
Será que se trata de “bater” num grupo social considerado mais fraco que os restantes, pois os seus constituintes não podem mudar de emprego, não se podem despedir, não podem fazer greve, a não ser a da fome ?
Será por ordem determinante dos representantes dos nossos credores ?
E que sentimentos este tipo de atitude desenvolve nas vítimas ? Será que eles ( os governantes ) pensam que as vítimas vão desenvolver uma espécie de síndrome de Estocolmo ?
Provavelmente isso irá acontecer com alguns dos fieis apoiantes que votaram no PM, mas não à grande, grande maioria dos afectados.
As razões desta perseguição mereciam ser objecto dum “case study” levado a cabo por psicanalistas, psicólogos, antropólogos, pessoas de senso comum, etc. Talvez se chegasse a conclusões interessantes.
Aliás, talvez fosse realmente importante que funções de tão alta responsabilidade como ser Ministro dum País Democrático só devessem ser exercidas por indivíduos que, alem de eleitos pelo Povo, passassem num exame psicotécnico rigoroso, levado a cabo por profissionais da mais alta craveira. Este tipo de teste de selecção poderia evitar muitos desgostos no futuro aos governados – e aos próprios putativos governantes.
Esperemos que a pressão da opinião pública e a dos políticos que sabem que um dia também eles serão reformados, evite esta inqualificável injustiça.
F. Fonseca Santos
Lisboa, 6 de Maio de 2013

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