terça-feira, 16 de julho de 2013

NEGOCIAÇÕES PARA UM COMPROMISSO de SALVAÇÃO NACIONAL



Tardiamente impostas pelo Sr. Presidente da República, estão em curso negociações entre o PS, o CDS e o PSD para se chegar a um dito “ compromisso de salvação nacional” que permita aos Portugueses continuar a viver e pagar dívidas contraídas junto das entidades prestamistas internacionais.
É sabido que em condições normais de funcionamento, o nosso País não tem capacidade de pagar os empréstimos – e os respectivos juros – já contraídos e alem disso continuar a aumentar a divida. Por isso que desde há dois anos são pedidos sacrifícios anormais a quase todos os Portugueses – e certamente o filme vai continuar
O modo como a repartição dos sacrifícios tem sido desenhada, tem dado origem a muita e justa indignação   de grande parte dos cidadãos e certamente este tema será o grande ponto de desacordo entre os partidos envolvidos nas negociações. Desde já expresso ( como muitas pessoas mais conhecedoras do que eu ) as minhas dúvidas de que se consiga chegar a acordo.
Porem na minha opinião, os pontos principais a discutir, para pagar as dívidas com menos  sacrifícios para o povo, são :                                                                                                                    i) Como acelerar o desenvolvimento económico para  gerar mais riqueza .                                         ii)  Como fazer regressar a Portugal os capitais que andam boiando pelos off-shores deste mundo e convencer os seus detentores a investir no nosso País.                                                                      Iii) Porque o  desiderato i) não se consegue dum momento para o outro, como conseguir o alargamento dos prazos de pagamento das dívidas e como reduzir os juros das mesmas.  Difícil ? Certamente. Mas é para tratar de coisas difíceis ou fáceis que os povos dão a sua confiança aos governos        
Este último ponto faz-me lembrar uma conversa que teve lugar na primeira metade dos anos 60, num acampamento militar algures no norte de Angola, era eu Alferes Miliciano de Engenharia. Era noite e ia-se falando para passar o tempo antes da deita. Então um Capitão do Exército do Quadro Permanente, com o ar de quem tinha passado boa parte da existencia na borga, contou o seguinte episódio da sua vida de “conquistador”:
Para impressionar uma das suas conquistas, resolveu levá-la para um conhecido hotel de 5 estrelas e como tudo estivesse a correr bem, foram ficando. Ao fim duma semana, o gerente mandou a conta, que o Capitão meteu descontraidamente na gaveta. Ao fim da segunda semana nova conta e o mesmo destino. Aí o gerente foi falar com o Capitão para lhe pedir o pagamento, ao que este respondeu não ter de momento dinheiro. O gerente não se ficou, insistiu e acabou por ameaçar o Capitão de “ir dar parte dele às Autoridades Militares”. Então com toda a calma o Oficial aconselhou : “ Ó Sr. Fulano não faça isso. Porque se o fizer levantam-me um processo disciplinar e põe-me na rua. Aí não tenho mesmo dinheiro para lhe pagar. Se não se queixar, eu saio agora e talvez lhe venha a pagar um dia !...” Em seguida, concluiu o Capitão, para nós assistentes que estávamos divertidos com a história: “ O gerente não apresentou queixa e eu  acabei por pagar a conta no prazo de vários vezes”.
Moral (?) da história : MAIS VALE RECEBER TARDE QUE NUNCA.

Frederico Fonseca Santos
15 de Julho de 2013

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