quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O ATAQUE FISCAL AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E AOS PENSIONISTAS, APOSENTADOS E REFORMADOS


Praticamente surgem todos os dias notícias nos meios de comunicação social sobre o ataque fiscal aos funcionários públicos (FP) e aos pensionistas, aposentados e reformados (PAR ). Também surgem vozes independentes em defesa destas duas classes de cidadãos.
Na minha qualidade de reformado do sector privado, com 38 anos de tempo de serviço na indústria mais 4 anos de serviço militar obrigatório ( dos quais 2 anos em Angola em zona de guerra ) também sinto obrigação de escrever novamente sobre o assunto,  como arma de defesa e de reposição da justiça na distribuição de sacrifícios que o governo nos obriga a fazer para cumprir compromissos internacionais.
Primeiro devo dizer que atacar estes dois grupos é uma prova de fraqueza, de cobardia política, de absoluta falta de fair-play ( partindo do princípio que em política e no que respeito a dinheiros pode existir fair-play ; digo isto porque nunca mais me esqueci duma frase dum director duma firma inglesa com quem tive contactos profissionais : “Oh Frederico, when it comes to money there are no friends !”), do abuso da força dos mais fortes sobre os mais fracos : os FP porque dependem em absoluto do Estado e os PAR porque a capacidade de mudar de vida é praticamente inexistente – só morrendo.
E o mais injusto dos ataques é a CES, Contribuição Especial de Solidariedade, só aplicada àqueles dois grupos de cidadãos, como se fossem eles os culpados dos problemas do País e os únicos obrigados a ser solidários. Na generalidade estes cidadãos, nos quais me incluo, contribuíram ao logo da sua vida de trabalho para o progresso de Portugal e não merecem o tratamento discriminativo que o governo lhes está a ministrar .
Faz-me lembrar o que se passou com uma nação europeia no século passado e que passo a resumir           Por razões derivadas da conduta errada dos seus dirigentes e depois pelo desejo de retaliação das outras nações que tinham sido vítimas daquela conduta, esse estado viu-se numa situação social e económica deplorável. Apareceu então um demagogo     ( que mais tarde se veio a revelar um ser execrável indigno de pertencer à espécie humana) que aproveitando-se das circunstâncias chegou democraticamente ao poder. E duma forma legal conseguiu chegar a ditador absoluto. Na sua mente deformada achou que devia arranjar um bode expiatório para a situação. Arranjou de facto, definindo um numeroso grupo de cidadãos que preenchiam os seus requisitos. Pouco a pouco foi-os discriminando, tirando-lhes o dinheiro e finalmente roubando-lhes a vida.  Já perceberam a quem me refiro : o país era a Alemanha depois da Grande  Guerra, o demagogo era o Adolfo Hitler e a classe de cidadãos espoliada e depois quase totalmente eliminada, os Judeus.
É evidente que não há comparação com a situação portuguesa, mas que existem duas classes de cidadãos portugueses, os FP e os PAR, que estão a ser discriminados e espoliados ( legalmente ou não o Tribunal Constitucional o dirá ) de parte dos seus rendimentos, NINGUÉM PODE NEGAR.  
F. Fonseca Santos

16 JAN 2014

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