O ATAQUE FISCAL AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E AOS PENSIONISTAS, APOSENTADOS E REFORMADOS
Praticamente
surgem todos os dias notícias nos meios de comunicação social sobre o ataque
fiscal aos funcionários públicos (FP) e aos pensionistas, aposentados e reformados
(PAR ). Também surgem vozes independentes em defesa destas duas classes de
cidadãos.
Na minha
qualidade de reformado do sector privado, com 38 anos de tempo de serviço na
indústria mais 4 anos de serviço militar obrigatório ( dos quais 2 anos em
Angola em zona de guerra ) também sinto obrigação de escrever novamente sobre o
assunto, como arma de defesa e de
reposição da justiça na distribuição de sacrifícios que o governo nos obriga a
fazer para cumprir compromissos internacionais.
Primeiro
devo dizer que atacar estes dois grupos é uma prova de fraqueza, de cobardia
política, de absoluta falta de fair-play ( partindo do princípio que em
política e no que respeito a dinheiros pode existir fair-play ; digo isto
porque nunca mais me esqueci duma frase dum director duma firma inglesa com
quem tive contactos profissionais : “Oh Frederico, when it comes to money there
are no friends !”), do abuso da força dos mais fortes sobre os mais fracos : os
FP porque dependem em absoluto do Estado e os PAR porque a capacidade de mudar
de vida é praticamente inexistente – só morrendo.
E o mais
injusto dos ataques é a CES, Contribuição Especial de Solidariedade, só
aplicada àqueles dois grupos de cidadãos, como se fossem eles os culpados dos
problemas do País e os únicos obrigados a ser solidários. Na generalidade estes
cidadãos, nos quais me incluo, contribuíram ao logo da sua vida de trabalho
para o progresso de Portugal e não merecem o tratamento discriminativo que o
governo lhes está a ministrar .
Faz-me
lembrar o que se passou com uma nação europeia no século passado e que passo a
resumir Por razões derivadas da conduta
errada dos seus dirigentes e depois pelo desejo de retaliação das outras nações
que tinham sido vítimas daquela conduta, esse estado viu-se numa situação
social e económica deplorável. Apareceu então um demagogo (
que mais tarde se veio a revelar um ser execrável indigno de pertencer à
espécie humana) que aproveitando-se das circunstâncias chegou democraticamente
ao poder. E duma forma legal conseguiu chegar a ditador absoluto. Na sua mente
deformada achou que devia arranjar um bode expiatório para a situação. Arranjou
de facto, definindo um numeroso grupo de cidadãos que preenchiam os seus
requisitos. Pouco a pouco foi-os discriminando, tirando-lhes o dinheiro e finalmente
roubando-lhes a vida. Já perceberam a
quem me refiro : o país era a Alemanha depois da Grande Guerra, o demagogo era o Adolfo Hitler e a
classe de cidadãos espoliada e depois quase totalmente eliminada, os Judeus.
É evidente
que não há comparação com a situação portuguesa, mas que existem duas classes
de cidadãos portugueses, os FP e os PAR, que estão a ser discriminados e
espoliados ( legalmente ou não o Tribunal Constitucional o dirá ) de parte dos
seus rendimentos, NINGUÉM PODE NEGAR.
F. Fonseca
Santos
16 JAN 2014

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